Esta profecia atribuída a Antônio Conselheiro
está para se concretizar, em amplos sentidos.
A tendência leiga é pensar que se está
falando de águas reais. Se imaginou dilúvios e enchentes, e agora as pessoas se
surpreendem com as secas.
Contudo, na simbologia tradicional o mar
representa as massas humanas (ver a expressão popular “mar de gente”), como o
próprio Apocalipse 17:15 explica, sendo ademais a interpretação sociológica do “dilúvio”
como cultura-de-massa.
O MAR-SERTÃO
Os litorais brasileiros abrigam as maiores
cidades do país, megalópoles inchadas com enormes problemas sociais, entre tantas
outras cidades também grandes e problemáticas.
As pessoas finalmente serão forçadas a
abandonar as grandes cidades (sobretudo as litorâneas ?), por serem aberrações
insustentáveis, canceres planetários criados pela cobiça e insanidade humana.
A intensa ocupação litorânea inicial do país foi algo natural.
Contudo, o Brasil não era mais para estar sofrendo destes males, e menos ainda a crise atual. Isto apenas aconteceu
pela grave interferência externa da Guerra Fria que implantou a Ditadura
Militar de 64, onde se estagnou as “águas” no Sudeste do país, dando sobre-ênfase
à burguesia e ao capitalismo ali centralizados, quando o curso natural do país
já se voltava para o Centro-Oeste pela criação de Brasília, sob uma mentalidade
socializante e integradora. Esta é a origem de megalópoles atrofiadas como o
Rio de Janeiro e ainda mais São Paulo, dita “a maior cidade nordestina fora do
Nordeste”.
![]() |
destino das grandes cidades ? |
Sabemos que a migração já começou, inicialmente
para as praias e para os interiores próximos, assim como para o Sul onde se diz
haver as condições mais estáveis; enquanto o resto do país sofre secas ou
enchentes. Depois se seguirá para todo lugar que possa receber toda esta gente artificialmente
aglomerada.
Podemos talvez lembrar aqui a imagem das cidades
maias abandonadas, depois que a sua civilização acabou.
O SERTÃO-MAR
Na própria acepção sociológica de contextos
“alternativos” (para a época) como o do Conselheiro, podemos ver nisto uma
alusão a movimentos sociais.
![]() |
o Arraial de Canudos |
O Conselheiro não criou a profecia do título,
ele apenas a colocou em prática pela primeira vez, ao criar a segunda maior
cidade baiana da época para reunir refugiados populares oprimidos pelo sistema
republicano emergente, desencadeado nos quartéis e nas cidades litorâneas,
quando do seu golpe-de-estado sobre a Monarquia nacional por causa da libertação
dos escravos.
Depois, os governos nacionalistas brasileiros
começaram a avançar país adentro, colocando um poderoso marco ali através de
Brasília, que hoje também se tornou uma cidade enorme desfigurando os seus projetos
originais.
Goiás também sofre com a seca, de todo modo
estes grandes interiores comportam muita riqueza e recursos naturais, com
grandes rios e terra fértil. O segredo será fazer pequenas cidades, que não impactem
o meio-ambiente, reaprendendo assim a lição fundamental que os nossos antigos
ancestrais conheciam há muitos milhares de anos.
Luís A. W. Salvi é escritor holístico, autor de cerca de 150 obras sobre a transição planetária.
Editorial Agartha: www.agartha.com.br
Contatos: webersalvi@yahoo.combr, Fone (51) 9861-5178
Participe dos debates em nossos facegrupos:
Nenhum comentário:
Postar um comentário